domingo, 29 de novembro de 2015

Japones que levou muitos investigados da operação Lava Jato para cadeia poderá ser preso na mesma operação


O agente da Polícia Federal Newton Hidenori Ishii é um dos rostos mais conhecidos e inusitados da Operação Lava-Jato. Todo preso que chega na carceragem de Curitiba, ou é transferido, aparece ao lado do policial em toda e qualquer foto. Foi assim com José Carlos Bumlai, José Dirceu, Marcelo Odebrecht, João Vaccari Neto, Pedro Corrêa, Ricardo Pessoa... Todos com Ishii, que quase sempre está de óculos escuros e colete.

Com a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), a atenção dos leitores se voltou novamente para Ishii por conta do diálogo gravado entre o parlamentar; Edson Ribeiro, advogado de Nestor Cerveró; Bernardo Cerveró e Diogo Ferreira, chefe de gabinete de Amaral. Ribeiro afirmou que Ishii, rotulado por Ferreira como “japonês bonzinho”, é o responsável pelo vazamento da delação premiada do ex-diretor da estatal, além de o acusar de vender informações. Na tarde de hoje, a Polícia Federal no Paraná vai ouvir Cerveró para apurar o vazamento da delação. Ishii também deve depor, em outra data.

Newton Ishii já foi preso com outros cinco agentes pela própria Polícia Federal em 2003, durante a Operação Sucuri, no Paraná, suspeito de integrar uma organização criminosa acusada de contrabandear grande quantidade de mercadorias para o Paraguai. À época, o Tribunal Regional Federal (TRF) negou o pedido de habeas corpus dos policiais federais presos.


Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os denunciados deixavam de fiscalizar táxis e vans conduzidos por outros integrantes da quadrilha, responsáveis pelo transporte das mercadorias do Paraguai para o Brasil. 


De acordo com o blog Expresso, da revista Época, Ishii responde a processos criminal e civil, além de uma sindicância. Ele foi reintegrado pela Polícia Federal com confiança da direção.


Nesta semana, a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) revelou um áudio em que o parlamentar teria supostamente citado o agente da PF como “o japonês bonzinho” que vende informações para revistas.

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